quarta-feira, 30 de junho de 2010

26 de Junho - Dia Internacional de Combate as Drogas

As obreiras e alundas da Missão Resgate da Paz participaram nesse sábado 26 de Junho de um Ato Público lembrando o Dia Internacional de Combate as Drogas!
Caminharam em oração pelas ruas de Goiânia.
Leia artigo publicado no site: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2949231.xml&template=3898.dwt&edition=14959§ion=1012

Dia Internacional de Combate às Drogas, por Germano Bonow*


A Organização das Nações Unidas (ONU) determinou, em 1987, que o dia 26 de junho de cada ano fosse considerado o Dia Internacional de Combate às Drogas. A primeira conferência sobre este assunto, convocada pela entidade, ocorreu em fevereiro de 1990 e determinou que aquela década seria dedicada ao combate internacional às drogas.

De lá para cá, já se passaram mais de 20 anos e não temos nada a comemorar. Pelo contrário, continuamos sendo os derrotados nesta guerra silenciosa. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o mundo tem pelo menos 200 milhões de consumidores de drogas, dos quais 40 milhões são dependentes.

Juntamente com outros deputados da Comissão Externa de Combate às Drogas da Câmara dos Deputados, estive no mês passado em três países europeus para conhecer a abordagem que está sendo dada a este grave problema mundial. Ouvimos autoridades de saúde e de segurança de Portugal, Holanda e Itália que nos demonstraram seus planos e resultados.

Portugal descriminalizou o uso de drogas e criou a Comissão de Dissuasão da Droga e Toxicodependência, garantindo respaldo psicológico e clínico a quem se envolver com este problema. Com essa medida, o governo português não isenta totalmente os consumidores, mas oferece tratamento e pune os reincidentes com diversos tipos de penas, como a perda de carteira de motorista, por exemplo.

A Holanda controla razoavelmente o consumo através da venda legal feita pelos coffee shops. Dentro desses locais, pode-se adquirir e consumir maconha, única droga admitida pelo governo e que, inclusive, gera impostos ao ser comercializada. A grande argumentação das autoridades holandesas em relação a esse sistema é que a prevalência da toxicodependência no país é inferior à média europeia.

A Itália aposta no tratamento e na desintoxicação, valorizando as comunidades terapêuticas. Atualmente está sendo dada atenção especial ao programa “Redução de Danos”, que substitui gradativamente a heroína pelo medicamento Metadona, que não causa dependência. Este tipo de tratamento está sendo aplicado, igualmente, em outros países europeus.

Esses países estão enfrentando o problema à sua maneira, de acordo com a sua realidade, mas sempre priorizando o tratamento desses doentes. Aqui no Brasil, a política é oposta. Fecham-se leitos e, assim, impede-se a internação dos casos mais graves. Além disso, o governo não reconhece o trabalho das comunidades terapêuticas. Uma maneira de não enfrentar esta séria epidemia que assola o país e que poderá tornar-se uma amarga herança para as futuras gerações.

*DEPUTADO FEDERAL (DEM-RS)

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Oleh

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